Conforme artigo recente da Clinicarx, o papel das farmácias no cuidado aos pacientes tem se transformado nos últimos anos, e se reforçou com a oferta de testes rápidos para Covid-19. Segundo dados da Abrafarma, desde 2020, já foram realizados mais de 14 milhões de testes. Trata-se de um serviço de alto valor social prestado pelas farmácias à população.

Mas os serviços de saúde prestados nas farmácias vão muito além dos testes de Covid. Esses serviços incluem a vacinação, consultas para problemas menores, testes rápidos para vários parâmetros diferentes e o acompanhamento de pacientes com doenças crônicas, em uso de medicamentos contínuos. Este último apresenta a maior tendência de crescimento para o ano de 2022.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as doenças crônicas não transmissíveis (DNCT) são a primeira causa de mortalidade no mundo hoje. No Brasil, 1 a cada 3 brasileiros adultos afirma ter pelo menos uma doença crônica. Essa proporção aumenta conforme a faixa etária, chegando a 79% dos idosos com mais de 65 anos.

A partir dos 50 anos de idade, a prevalência de doenças crônicas aumenta consideravelmente, e acaba levando à polimedicação, que é o uso simultâneo de vários medicamentos. Nos idosos, por exemplo, 1 em cada 3 utiliza mais de 5 medicamentos contínuos.

Para o paciente, cuidar dessas condições de saúde e realizar os tratamentos da forma correta são um grande desafio.

Não por acaso, a taxa de controle de doenças importantes, como diabetes e hipertensão, são baixas. No caso do diabetes tipo 2, por exemplo, estudo da Sociedade Brasileira de Diabetes mostra que 75% dos pacientes controlam mal a glicemia e não atingem as metas do tratamento, estando sujeitos a complicações graves como cegueira, problemas renais, cardíacos, entre outras.

A adesão ao tratamento é um dos maiores desafios de hoje na saúde. Existe uma verdadeira epidemia de baixa adesão aos medicamentos. A OMS estima que 50% dos pacientes têm baixa adesão ao tratamento. No Brasil, em pessoas com mais de 40 anos, usando medicamentos contínuos, a taxa de não adesão completa aos medicamentos chega a 63%. Em pessoas que precisam tomar mais de 5 medicamentos ao dia, esse número é ainda maior, chegando a 82%.

Estudos mostram que, em média, a população frequenta a farmácia até 20 vezes por ano, enquanto as consultas médicas costumam ocorrer de 1 a 2 vezes por ano, até mesmo para pacientes crônicos. Para que a gestão de pacientes crônicos e adesão ao tratamento sejam efetivos nas farmácias, é preciso que existam protocolos clínicos consistentes. Estudos internacionais também mostram que a utilização de um organizador de comprimidos, como o PILBOX por exemplo, aumenta a adesão ao tratamento dos pacientes em até 40%, contribuindo para a plena eficácia do tratamento e melhoria na qualidade de vida.

Fonte:https://clinicarx.com.br/blog/gestao-e-adesao-ao-tratamento