Um estudo realizado pela Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo (USP) em Ribeirão Preto (SP) aponta que 60% das pessoas diagnosticadas com hipertensão não fazem o tratamento para a doença. Segundo a pesquisadora Ana Carolina Godoy Daniel, doenças cardiovasculares são as que mais matam no mundo. A hipertensão é considerada fator de risco para o desencadeamento de enfermidades mais graves, como o infarto. Em parceria com a Universidade de Quebec, no Canadá, os pesquisadores brasileiros realizaram um rastreamento para identificar possíveis pacientes. Ao longo de quatro anos, foram feitos exames em mutirões gratuitos de saúde realizados em Ribeirão Preto (SP), Campinas (SP), São Paulo (SP), Franca (SP) e Alfenas (MG).

Do total dos avaliados, 39% estavam com a pressão arterial alterada. Os participantes que apresentaram sintomas foram encaminhados para atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). […]

A professora da Escola de Enfermagem da USP, Eugênia Velludo Veiga, diz que, quando a doença é diagnosticada, precisa ser tratada imediatamente. “A hipertensão arterial é uma doença crônica. Ela não tem cura, mas ela tem o controle. O controle é fator mais importante do que a própria cura. Por isso, é importante a pessoa tomar os medicamentos conforme a prescrição médica, se alimentar de maneira adequada, reduzir o sal, praticar exercícios físicos”, diz.

O objetivo do estudo é fazer com que os índices de mortalidade causados pela doença caiam, conforme estabelece a Organização Mundial de Saúde (OMS). As pesquisadoras planejam uma abrangência maior do estudo nos próximos dois anos para ajudar na implementação de políticas públicas.

Fonte: https://g1.globo.com/sp/ribeirao-preto-franca/noticia/2019/12/25/estudo-da-usp-aponta-que-60percent-dos-hipertensos-deixam-de-fazer-tratamento-para-a-doenca.ghtml