O nariz é a região das vias respiratórias superiores mais suscetível a infecções. Quando isso acontece, logo vem a congestão nasal e a coriza. Esses sintomas estão na lista das queixas mais comuns nos consultórios médicos, mas além de um simples resfriado, eles também podem sinalizar a presença de outra doença, a rinite. Definida como um processo inflamatório ou infeccioso da mucosa que reveste o nariz, ela pode ser aguda ou crônica, ou seja, ter curta ou longa duração. As principais causas da enfermidade são as infecções virais e alergias. A do tipo não alérgica tem início frequente após os 20 anos, especialmente entre as mulheres, e acomete cerca de 1/3 da população mundial. Já a rinite alérgica, a estimativa é a de que sua prevalência varie de 9% a 42% dos indivíduos. Os dados foram publicados pelo Journal of Allergy and Clinical Immunology. Embora os sintomas da rinite possam ser toleráveis e esporádicos, eles podem desencadear inflamações repetidas e persistentes que, sem o devido tratamento, resultam em quadros graves e até levam à hospitalização.

Os especialistas são unânimes: quando um sintoma se repete e afeta negativamente a qualidade de vida, ele precisa ser investigado por um médico. No caso da rinite, basta que os sintomas durem mais que 5 dias para que os efeitos maléficos comecem a se instalar pelo corpo. O otorrinolaringologista é o especialista treinado para avaliá-lo. Fabiana Gonçalez D’Ottaviano, especialista em otorrinolaringologia pela ABORL-CCF e responsável pelo Centro Médico 13 de Outubro, em São Paulo, conta que muitos pacientes alérgicos se acostumam com os sintomas da rinite, e deixam de procurar ajuda. “O problema é que a constância da obstrução nasal pode levar a alterações do crescimento facial em crianças, na postura da língua, na oclusão e deglutição, e até mesmo pode contribuir para a instalação de broncoespasmo (dificuldade para respirar) ou sinusite”, informa a médica. Halitose (mau hálito), ronco e apneia são outras das possíveis consequências da falta de tratamento da rinite. […]

Fonte: https://www.uol.com.br/vivabem/noticias/redacao/2019/12/24/rinite-nao-tratada-pode-levar-ao-ronco-apneia-asma-e-ate-mau-halito.htm